E afinal, o que os educadores pensam sobre as atividades extracurriculares?

21/11/2011 09:16

Professora Márcia promove oficinas para alunos com dificuldades.

Professora Márcia promove oficinas para alunos com dificuldades.

Autor: Arquivo da escola


Os especialistas afirmam: atividades extracurriculares podem despertar, nos alunos, o interesse pelos estudos. O desempenho abaixo da média de alguns estudantes levou o a Escola Municipal Dr. Mario Augusto de Freitas, em Engenho Novo (RJ), a criar uma atividade extracurricular para ajudar quem estava com dificuldades nas disciplinas. A professora de educação física, Márcia Bandeira de Mello, conta que o trabalho chamado “PraticaMente” consiste na produção de jogos com material reciclável para despertar o interesse dos estudantes. “Os alunos que têm algum tipo de dificuldade no aprendizado vêm ao colégio duas vezes por semana, fora do horário de aula, para criar jogos e aprender com eles”, diz.

As atividades são feitas com alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. São eles mesmos quem criam os jogos e suas regras. As “brincadeiras” são trabalhadas de acordo com a dificuldade dos estudantes em cada disciplina. As turmas têm no máximo 12 crianças para que tenham toda a atenção possível. Segundo Márcia, os trabalhos são focados na memória e na atenção das crianças. “É mostrar que a matéria que está difícil de aprender em sala de aula pode ser prazerosa, e divertida se estimulada da maneira correta”, ressalta.

As oficinas do PraticaMente foram criadas no início de 2009. Nelas, os alunos aprendem especialmente matemática e língua portuguesa, de forma lúdica. “Essas são as disciplinas onde eles encontrar mais dificuldade. Se os professores identificam baixo desempenho em alguma outra, também desenvolvemos jogos para ela”, explica. O aprendizado vai desde a construção de um dado de papelão, até jogos mais complexos que envolvem lógica, com tabuleiros de madeira e garrafa pet, ou desafios silábicos.

Márcia afirma que a avaliação dos professores é a melhor. Eles comentam que as atividades facilitam seu trabalho e ajudam os alunos a ter um desempenho positivo em sala. “Tanto que já chegamos a reduzir o número de estudantes nas turmas, pois eles conseguiram aprender e ter notas acima da média”, garante. Entretanto, segundo a professora, os alunos sentem falta das atividades quando deixam a turma extra. Eles gostam tanto que querem voltar, mesmo com notas melhores. Já vimos que eles levam o que aprendem na escola para casa e praticam os jogos aprendidos com a família e os amigos. É gratificante ver esse resultado.

Fonte:Rafania Almeida

O programa atende, atualmente, a 8.970 alunos da rede que estão abaixo da média. .

 

Postado e comentado por:Ester